• Saltar para o menu principal
  • Skip to main content

Indústrias Extractivas

Extracção de hulha, lenhite, petróleo bruto, gás natural e outros. Extracção e preparação de minérios metálicos.

  • MINÉRIOS & MINERAIS
  • COMBUSTIVEIS FÓSSEIS
  • ULHA E LENHITE
  • PEDREIRAS
    • MÁRMORE
  • OUTROS
    • EXPLOSIVOS

Vantagens/Desvantagens da Lavra Subterrânea de Mármores

12 de Junho de 2019 by Olinda de Freitas 1 comentário

A lavra subterrânea, em explorações de mármores, apresenta algumas vantagens relativamente ao desmonte a céu aberto.

Designa-se por método de lavra a técnica de extracção do minério, o que define a importância da sua selecção já que todos os projectos são elaborados em torno da técnica utilizada para lavrar o depósito. Ademais, os trabalhos das infra-estruturas estão directamente relacionados com o método utilizado.

Por sua vez, a utilização da expressão técnica de extracção reflecte os aspectos técnicos da selecção do método de lavra – que é parte fundamental da análise, do dimensionamento dos equipamentos, da disposição das aberturas e da sequência de lavra.

Vantagens da lavra subterrânea de mármores

A lavra subterrânea de mármores, como método, possui vantagens:

1. Aproveitamento de meios das explorações a céu aberto (equipamento, acesso ao jazigo mineral, etc.).

Os equipamentos a utilizar em subterrâneo são os mesmos do céu aberto, com excepção da máquina de abertura de galerias (roçadora) – o que permite um acréscimo de benefícios:

  • Trabalhos similares tanto a céu aberto como no subterrâneo;
  • Maior experiência na operação e manutenção dos equipamentos;
  • Maior rentabilização dos equipamentos utilizados;
  • Maior capacidade de produção por unidade de capital investido.

2. Lavra selectiva que possibilita explorar as zonas de melhor minério e deixar para suporte natural (pilares esteios) as zonas em que o material se apresente com pouca ou sem aptidão ornamental. Isto origina um maior rendimento e uma menor produção de escombros;

3. Não se altera a paisagem nem a fisiografia do terreno em torno das cavidades no âmbito da lavra subterrânea;

4. O ruído originado pelas actividades de desmonte de rocha são atenuados para o exterior;

5. Não são necessários trabalhos de reabilitação dos terrenos superficiais na zona de lavra subterrânea;

6. Recuperação de material de qualidade que de outro modo não seria explorado com viabilidade económica.

E quais são as desvantagens?

1. Custos elevados e um considerável investimento no piso de entrada em subterrâneo;

2. Constrangimentos geométricos nos desmontes devido à necessidade de manter a estabilidade;

3. Necessidade de um conhecimento pormenorizado das características geológico-geotécnicas do jazigo mineral;

4. Necessidade, em alguns casos, de ventilação e iluminação artificiais.

O caso da lavra subterrânea do Anticlinal de Estremoz

Após três anos de experiência ao nível da lavra subterrânea de mármores no Anticlinal de Estremoz, e de acordo com Gomes (1999), foi detectado que este método não é mesmo o mais indicado para desmonte na exploração de mármores no Anticlinal, tendo em conta o relevo plano do Anticlinal de Estremoz e a morfologia do jazigo.

Não obstante, constitui uma excelente alternativa em determinadas situações que ocorrem em algumas pedreiras da região: em que a jazida de mármores apresenta condições favoráveis a este tipo de lavra subterrânea.

O método de lavra subterrânea de mármores apresenta vantagens e desvantagens. No caso específico da exploração no Anticlinal de Estremoz, diz a experiência que não é o aconselhável tanto pelo relevo como pela morfologia.

Arquivado em:MINÉRIOS & MINERAIS Marcados com:Anticlinal de Estremoz, exploração mineira, extracção mineira, jazigos de mármores, lavra subterrânea, lavra subterrânea de mármores, mármores

Anticlinal de Estremoz: Gigante de Mármores Ornamentais

25 de Maio de 2019 by Olinda de Freitas Deixe um comentário

O anticlinal de Estremoz é um dos principais centros mundiais de extracção de mármores para fins ornamentais e localiza-se no sector setentrional da Zona de Ossa – Morena (ZOM), em Portugal, 150 quilómetros a Leste de Lisboa, a partir de onde se faz o acesso através da auto-estrada.

Quais os principais núcleos de exploração?

anticlinal de EstremozNo Anticlinal de Estremoz, os mármores existentes apresentam-se intercalados entre os metadolomitos, na base (metadolomias), e os metavulcanitos e xistos negros, no topo. No flanco NE do Anticlinal os mármores apresentam-se pouco dobrados com orientação NW SE, inclinando 70º a 80ª para NE, possuindo uma espessura de cerca de 150 m.

No flanco SW, as camadas possuem orientações e inclinações bastante variáveis predominando, no entanto, as orientações NW-SE e as inclinações de 35 a 50º para SW. Neste flanco do Anticlinal de Estremoz a espessura máxima da camada de mármores apresenta-se bastante variável:

  • Mármores cinzentos e por vezes escuros (mármore azul e ruivina);
  • Mármores claros, cremes e róseos limpos ou de vergada fina castanha e acinzentada;
  • Mármores claros com vergada, róseos e creme com vergada xistenta espessa.

Pedreiras profundas

No Anticlinal de Estremoz existem cerca de 200 pedreiras em actividade para um total de, aproximadamente, 370 cortas existentes e estas unidades extractivas espalham-se pelos vários núcleos de exploração. A maioria das pedreiras tem uma profundidade entre os 15 e os 50 m, existindo no entanto explorações com profundidades mais elevadas, possuindo a mais profunda cerca de 110 m.

Expansão, desenvolvimento e declínio

A exploração de mármores no Anticlinal de Estremoz passou por um período de expansão e desenvolvimento durante a década de 1980, verificando-se o oposto em 1990. terá havido um estrangulamento de produção em apenas uma década, comprovado pelos dados estatísticos da produção de mármores em Portugal, tem impedido o desenvolvimento do sector justificado pelas exigências do mercado, as exigências ambientais – que só recentemente começaram a trazer constrangimentos às explorações – e factores externos, tais como a Guerra no Golfo (em1991), entre outros.

O que condiciona a exploração de mármores no Alentejo?

A exploração de mármores no Alentejo, e no Anticlinal de Estremoz, apresenta alguns problemas relacionados com a complexidade geológica que condiciona, em alguns casos, as explorações, podendo mesmo conduzir ao seu abandono. São apontados os seguintes condicionalismos de origem geológica:

  • Compartimentação por falhas e fracturação – a compartimentação do maciço por falhas ocorre ao longo de toda a estrutura, aparecendo preenchida por filões doleríticos.  É igualmente observável uma diminuição da fracturação em profundidade embora esta não se possa considerar geral para todo o maciço no Anticlinal de Estremoz, pois varia de local para local;
  • Dolomitização secundária – a dolomitização secundária é responsável pela transformação de mármores num dolomito cavernoso secundário sem aptidão ornamental (vulgo olho de mocho).
  • Carsificação – o aparecimento do carso nas explorações é relativamente frequente, sobretudo em Borba e em algumas zonas da Lagoa.

Foram surgindo, entretanto, com a evolução da lavra, outras condicionantes à exploração no Anticlinal de Estremoz. Resultam, essencialmente, do facto de em reduzidas áreas de corta se terem atingido elevadas profundidades – o que tem conduzido à degradação do recurso por concentração de tensões junto dos taludes, acabando por induzir fracturação nos mármores.

Medidas para melhoria da exploração no Anticlinal de Estremoz

  • Alargamento da área das cortas, através da junção de explorações contíguas, e definição dos degraus nos taludes;
  • Adopção de novos métodos de desmonte como, por exemplo, o método de exploração subterrânea, nos casos em que o alargamento não é possível.

A exploração de mármores no Anticlinal de Estremoz possui características bem específicas, no domínio da geologia, nos respectivos núcleos.

À expansão desta actividade nos anos oitenta seguiu-se um período de declínio acusado por factores externos às pedreiras mas também por condicionalismos inerentes à lavra – o que apenas poderá ser contornado com a adopção de medidas de alargamento ou de novos métodos de desmonte.

Imagem

Arquivado em:MINÉRIOS & MINERAIS Marcados com:Anticlinal de Estremoz, desmonte, exploração de mármores, extracção de mármores ornamentais, indústrias extractivas, mármores, metadolomitos, metavulcanitos, pedreiras de mármore

Indústrias Extractivas

Powered by: Made2Web Digital Agency.

  • Política Cookies
  • Termos Utilização e Privacidade
  • Mapa do Site