A prospecção de minas, com a intenção de explorá-las, pode ser efectuada através da perfuração a diamante, o método mais utilizado. Mas há outros!
Há depósito mineral? Então há exploração de minas!
Todo a exploração de uma mina inicia-se sempre com a descoberta de um depósito mineral. E o que é a descoberta senão a prospecção de minas? Tal prospecção engloba um planeamento cuidadoso e o uso de diversificados métodos e instrumentos científicos como complemento ao levantamento geológico.
Métodos de prospecção de minas
Os métodos de prospecção de minas são baseados nas heterogeneidades inerentes à costa terrestre, ao mesmo tempo responsáveis pelas diferenças ou anomalias, principalmente em comparação de corpos mineralizados com rochas adjacentes, em determinadas propriedades físicas.
Recorrendo-se aos métodos geofísicos, as tais anomalias podem ser detectadas, registadas e medidas.
Posteriormente, os resultados são cartografados e as áreas de potencial interesse serão seleccionadas. E depois? Depois vêm as investigações mais detalhadas.
Em que se baseiam os métodos?
- Os métodos eléctricos partem do seguinte pressuposto: há certos minérios que possuem melhor condutividade eléctrica do que as massas de rocha circunvizinhas;
- Com os métodos magnéticos de prospecção de minas, podem ser determinadas variações nos campos magnéticos da Terra;
- As irregularidades no campo gravítico de uma determinada área podem ser medidas através dos métodos gravimétricos;
- Os métodos radiométricos são usados, essencialmente, nas pesquisas de urânio e outros elementos radioactivos.
Importância dos métodos geofísicos na prospecção de minas
Na actualidade, a utilização dos métodos geofísicos, bastante precisos, nos quais se inclui a prospecção de minas remota, é de uso generalizado em diversas áreas científicas.
No entanto, e apesar dos métodos geofísicos poderem fornecer indicações sobre a possível localização dos depósitos minerais, são, quase sempre, necessárias perfurações de prospecção de minas in situ para nos darem evidências mais precisas do que está contido no subsolo. Para isso usa-se a técnica de amostragem por intermédio de perfuração a diamante – a mais utilizada.
O que é a perfuração a diamante?
A perfuração a diamante surgiu na segunda metade do século dezanove e encontrou a sua maior aplicação na prospecção de minas.
No mundo contemporâneo, a perfuração a diamante tornou-se em uma técnica importante na definição do traçado de túneis ou no posicionamento de cavidades no interior das rochas. Permitem, estas perfurações, localizar aspectos particulares em zonas não consolidadas ou rochas com fraca resistência mecânica.
Tudo isto antes de se dar início às escavações.
Desenvolvimento da perfuração a diamante
A perfuração a diamante na prospecção de minas tem sido alvo de vários avanços: inicialmente as sondas eram executadas manualmente. Aos poucos, a execução passou a ser efectuada através do vapor e mais tarde através de motores diesel e eléctricos.
Durante muito tempo, a força de avanço exercida sobre a coroa de perfuração terá sido determinada pelo operador com auxílio de uma cremalheira.
Isto era bastante arbitrário!
Entretanto, o avanço de parafuso chegou e forçou a sonda a uma taxa de penetração fixa, baseada na velocidade de rotação do motor. Seguiram-se as sondas com avanços hidráulicos em que dois cilindros hidráulicos transferem a forca de avanço para a bateria de varas e para a coroa de perfuração. Aqui há a compensação da acção do peso das varas quando este começa a tomar-se excessivo.