Porquê?
Ter um perfeito conhecimento do modo de formação dos jazigos minerais permite não só compará-los e agrupá-los em bases gerais válidas para todos como prever, para determinada região, quais os tipos de jazigos que nela podem ocorrer levando-se em consideração os dados geotectónicos.
A formação dos jazigos minerais é, portanto, o critério fundamental para o estabelecimento das classificações genéticas dos jazigos minerais. No que concerne às suas subdivisões, são os caracteres químicos e mineralógicos que fornecem os critérios.
Classificações genéticas dos jazigos minerais: difíceis e complexas
As classificações genéticas dos jazigos minerais são, devido à complexidade dos processos formativos dos jazigos e igualmente ao imperfeito conhecimento que se tem da maior parte deles, as mais difíceis de estabelecer e as mais complexas.
Esta dificuldade e complexidade nas classificações genéticas dos jazidos minerais tem conduzido ao desenvolvimento de classificações geológicas. Isto quer dizer que o critério de base das classificações são os fenómenos geológicos fundamentais da evolução da crosta terrestre.
O que é uma classificação genética?
Uma definição muito simples para classificação genética é a que considera a divisão entre jazigos primários e originais e jazigos e derivados. Enquanto que na primeira divisão são considerados os que conservam as características originais – na segunda consideram-se os que sofreram modificações que lhes alteraram aquelas.
Outra definição para as classificações genéticas dos jazigos minerais, apresenta-se como uma extensão da classificação genética das rochas e considera os seguintes grupos fundamentais:
- Jazigos magmáticos;
- Jazigos sedimentares;
- Jazigos metamórficos.
Nos jazigos magmáticos incluem-se todos os jazigos minerais relacionados com o magmatismo, isto é, jazigos profundos, hipogénicos; o seu estudo é baseado em possíveis relações com magmas de que teriam derivado.
Esta designação magmática é, no entanto, considerada pouco feliz porque existem muitos jazigos minerais cujas relações com o magmatismo são muito obscuras, sem que se possa por em dúvida uma origem profunda para os mesmos.
Nos jazigos sedimentares entram não só os jazigos minerais verdadeiramente sedimentares mas também outros, provenientes de fenómenos de evaporação, de acções de alteração meteórica, etc.,
Nesta definição entram todos os jazigos minerais cuja formação se deve a fenómenos que ocorrem à superfície da Terra.
Os Jazigos metamórficos englobam os jazigos minerais que, posteriormente à sua formação original, sofreram modificações devidas a processos metamórficos e aqueles que se originaram devido ao próprio processo metamórfico, ou seja, os Jazigos metamorfisados e os jazigos metamórficos.
Os grandes grupos de classificações genéticas dos jazigos minerais
Baseada nos grandes processos de formação dos constituintes da crosta terrestre, classificam-se geneticamente os seguintes grandes grupos:
- jazigos endógenos;
- Jazigos exógenos;
- Jazigos metamórficos.
As classificações genéticas dos jazigos minerais são difíceis e complexas. Uma primeira abordagem divide-os entre jazigos magmáticos, jazigos sedimentares e jazigos metamórficos. Depois, surgem as de jazigos endógenos, exógenos e metamórficos.