Este ano Angola pode voltar a ser o maior produtor de petróleo em África se der início à exploração de novos poços e a estagnação da produção do actual líder, a Nigéria. Esta é uma informação avançada pelo site macauhub. Refira-se que, actualmente, Angola é um dos dois principais fornecedores de petróleo da China.
A China é o destino de grande parte da produção de petróleo em Angola, representando quase a totalidade dos 32 mil milhões de dólares de bens adquiridos por este país em 2013, uma altura em que as trocas comerciais entre os dois países representam já mais do dobro do que eram em 2009…
Relatório recente da Ecobank Research indica retoma Angolana e eventual conquista do título de maior produtor de petróleo em África
Apesar de o início do ano ter começado em baixa, o que é explicável por problemas técnicos em algumas plataformas, a produção petrolífera angolana está em recuperação, confirma um relatório que prevê que a petrolífera estatal Sonangol atinja um pico de 2 milhões de barris diários em 2015.
Estas são excelentes notícias disponibilizadas pelo relatório recente da Ecobank Research, “Energy, Oil and Gas”, indicativo de que o principal impulso será dado pela entrada em produção de um novo projecto liderado pela petrolífera francesa Total, designado CLOV, que irá acrescentar à produção diária entre 160 mil barris a 200 mil barris.
Lembra-se que é a Nigéria quem detém o título de maior produtor de petróleo actualmente – tendo-o perdido para Angola em 2009 devido a ataques de militantes a algumas unidades produtivas no delta do Níger.
Angola está prestes a ultrapassar a Nigéria enquanto maior produtor de petróleo em África
Angola, no entanto, encontra-se perto de voltar a ser o maior produtor de petróleo ainda este ano porque, além da forte recuperação à vista, a produção nigeriana tem ficado sistematicamente aquém das previsões: no ano passado a meta era de 2,53 milhões de barris mas rondou apenas 2,1 milhões de barris. Tal é explicável devido a problemas de segurança na região e de forma mais vasta no Golfo da Guiné.
Esta incerteza ao nível da segurança é uma tendência confirmada pela consultora BM que acrescenta factores de ordem política e legislativa que certamente conduzirão ao adiamento de projectos de investimento de multinacionais petrolíferas na Nigéria e impedindo, desta feita, o crescimento da indústria.
Ora esta é uma situação que contrasta com a de Angola, prestes a recuperar novamente o título de maior produtor de petróleo em África, cuja iniciativa do governo vai já no avanço de uma ronda de licenciamento de dez blocos de petróleo em terra das bacias do Baixo Congo e Cuanza.
Ademais, terá sido já anunciado um investimento de 16 mil milhões de dólares no projecto Kaombo, pela Total e parceiros, no Bloco 32, ao largo de Luanda, que deverá arrancar em 2017 com uma capacidade de produção de 230 mil barris diários.