A origem das rochas suscita dúvidas. No entanto, e no contexto das mineralizações, os estudos sobre a origem das rochas incidem mais sobre as relações com as grandes unidades litológicas, que as encerram, do que sobre os fenómenos geológicos que as geram.
O papel do vulcanismo
Sensivelmente até aos anos noventa, dominava a ideia de que o vulcanismo desempenhava um papel completamente secundário nas concentrações dos elementos das rochas. Na verdade, havia a grande tendência para se limitar esse papel a algumas substâncias particularmente susceptíveis de sublimação – como, por exemplo, o enxofre e os respectivos depósitos vulcânicos das solfataras.
Era ainda atribuído ao vulcanismo, nisto da origem das rochas, a formação de concentrações de boro, nalgumas mineralizações bem pobres e dispersas. E era só. Nos nossos dias, devido aos estudos levados a cabo depois da última guerra mundial, o papel do vulcanismo é considerado muito importante. Porquê?
Perante a origem da rochas, deve-se ao vulcanismo as concentrações de elementos e também o transporte de outros de zonas mais profundas da crosta terrestre. Mais: talvez esse transporte se efectue da parte externa do manto para zonas mais superficiais, onde essas substâncias são recuperadas pelo metamorfismo regional e pela granitização.
Que concentrações dependem do vulcanismo?
Existem três grupos de concentrações dependentes do vulcanismo na origem das rochas:
- concentrações de vulcanismo básico;
Este é um vulcanismo que se origina num estádio geossinclinal, submarino, ante-orogénico ou do tipo ofiolítico;
- concentrações de vulcanismo andesítico, pós-orogénico;
- concentrações de vulcanismo alcalino.
As mineralizações e o vulcanismo
As mineralizações de crómio, cobre, pirite de ferro, entre outras, estão relacionadas com o vulcanismo ofiolítico na questão da origem das rochas. Estas mineralizações são constituídas, na sua maioria, por pequenos jazigos.
Já dependentes do vulcanismo andesítico, pós-orogénico, estão – entre outras – as concentrações de cobre, ouro, prata, estanho, chumbo e antimónio. Estas mineralizações, relacionadas com o vulcanismo andesítico, são caracterizadas por paragéneses muito variadas, ricas e complexas – onde os sulfossais desempenham papel importante.
As mineralizações relacionadas com o vulcanismo alcalino, isto é, com os carbonatitos, foram apenas reconhecidas apenas após a última guerra. Os carbonatitos, como o indica a designação, são rochas essencialmente carbonatadas.
As rochas carbonatadas
Estas rochas surgem sob a forma filoniana e o modo de jazida mais comum é no interior dos aparelhos vulcânicos. Saiba que, nos nossos dias, são estas as rochas que constituem a principal fonte dos minérios das terras raras. Existem, no entanto, alguns carbonatitos com concentrações relativamente elevadas de apatite. O que se faz com elas? Exploraram-se para fertilizantes.