A exploração de gás e petróleo no Algarve está a ser alvo de controvérsia, já que a Quercus exige estudos de impacto ambiental conforme adianta o site Jornal i.
Quercus mete travão à exploração de gás e petróleo no Algarve: então e o impacto ambiental?
Uma companhia estará já a explorar os reservatórios de gás e petróleo no Algarve com, no entanto, o alerta da Quercus que exige a realização de estudos de impacto ambiental para quaisquer eventuais explorações de gás natural e petróleo no Algarve. Atente-se que estes são projectos que, a avançar, serão um “péssimo “cartão de visita” para a região.
Em comunicado, a Associação Nacional de Conservação da Natureza – Quercus – mostrou-se bastante indignada por não ter sido ainda realizado qualquer estudo de impacto ambiental nem ponderadas quaisquer medidas de minimização dos impactos ou medidas de actuação em caso de eventuais desastres ambientais com este tipo de exploração.
Qualquer eventual acidente que ocorra numa exploração deste género, mesmo que ocorra de forma pontual, afectaria irreversivelmente ecossistemas únicos e frágeis, bem como diversas espécies, nomeadamente aves marinhas, baleias e golfinhos. É uma grande, imensa, responsabilidade!
O projecto está bem sustentado nos ganhos económicos e nos riscos que comporta para o país?
A Quercus assume a posição de que um projecto desta natureza deve ser muito bem justificado do ponto de vista económico e se os ganhos imediatos daí derivados são relevantes para o país, isto é, se há uma compensação dos potenciais riscos que podem existir – não apenas do ponto de vista económico mas também ambiental e social em caso de se verificar um acidente.
Ademais, a Quercus exige que sejam cumpridas todas as normas legais de protecção ambiental, nomeadamente no que concerne à avaliação de impacto ambiental.
Mais um alerta desta organização vai no sentido de que a exploração de gás e petróleo no Algarve constitui um ponto claramente desfavorável e contraditório ao modelo de desenvolvimento que tem assentado, nas últimas décadas, em um turismo de qualidade, com valores naturais e paisagísticos de relevo.
Será importante lembrar que anteriormente a Algarve Surf and Marine Activities Association (ASMAA)tinha já lançado um abaixo-assinado contra a prospecção e exploração de petróleo e gás natural ao largo da costa da região do Algarve – tal iniciativa terá recebido perto de 5 000 assinaturas.
As alegações vão de encontro à ideia de que um qualquer desastre de petróleo ou gás iria deitar toda a flora e a fauna marinhas totalmente vulneráveis e destruídas perante os efeitos tóxicos do gás e do petróleo. O alerta desta associação segue as linhas da Quercus e vai igualmente para o impacto negativo na economia regional, nomeadamente nos sectores da pesca e do turismo.
Israel Granja says
Uma tragédia nas plataformas marinhas extratoras de gás natural e petróleo, haja vista ao fato de ali ser uma área de constantes abalos sísmicos, realmente acarretaria num impacto desastroso à beleza natural daquele paraíso português. Entretanto, verdade também é que se aquelas cidades algarvias são hoje fortes só com a rica renda gerada pelo turismo, imagine como ficariam com mais este recurso econômico que seriam os royalties da extração petrolífera?! E viva Portugal! Novamente no topo das potências européias! É tentador!