O uso de carvão no mundo é uma realidade que se prevê ficar na produção de energia eléctrica ainda por muito tempo tal como refere o site Revista Planeta.
Uso de carvão no mundo: China e Índia em overdose de carvão
Os sinais mais alarmantes no que concerne à utilização de carvão chegam da Ásia. A escolha entre electrificar, em progresso, e emitir menos CO2, foi feita e sabe-se que hoje a China usa mais carvão do que os EUA, Europa e Japão juntos.
Começou por ir duplicando o consumo e actualmente é o país que responde pelo maior uso de carvão no mundo: mais de 38%.
Recuando a 2006 os chineses construíram 100 gigawatts de centrais térmicas a carvão, uma média de 2 GW por semana, ou seja, o equivalente a duas ou três centrais. É, portanto, pouco provável que a curto prazo sejam instaladas unidades de captação de CO2 nas novas centrais.
Bastaria este procedimento, com custos elevadíssimos que faziam diminuir o rendimento total entre 8% a 13%, para reduzir as emissões de 80% a 90% por unidade eléctrica.
No que às velhas centrais diz respeito é, de facto, impossível equipá-las no sentido de controlar a emissão de CO2 na China e no mundo.
Armazenagem de CO2 sob a terra: uma solução para reduzir os gases-estufa no ar
Uma das soluções apontadas para reduzir a quantidade de gases-estufa no ar é armazenar o CO2 sob a terra. No entanto, desconhece-se ainda onde e quando armazená-lo de forma segura e por um período longo de tempo – assim como se desconhecem os custos inerentes ao processo. Surge, igualmente, uma grande questão nesta problemática: que tipo de empresa se responsabilizaria por enterrar milhões de toneladas de CO2, por centenas ou milhares de anos, e responder por eventuais vazamentos e pela contaminação do ar e de lençóis freáticos?
Há, porém, uma certeza – a de que até 2050 será preciso reduzir de forma incisiva as emissões mundiais de gases-estufa ou as consequências serão dramáticas, pois estima-se que a temperatura terrestre venha a subir, em média, 2 graus Celsius.
Propostas mais recentes acerca do uso de carvão no mundo chegam no sentido de as centrais eléctricas aumentarem a sua eficiência para produzir mais quilowatts com menos carvão e, desta feita, aumentar o rendimento – já que apenas 30% da energia produzida é aproveitada.
Igualmente importante é o tipo de carvão bem como o aperfeiçoamento de turbinas e de caldeiras – uma meta de, pelo menos, 50% de aproveitamento prevista para 2020.
Em termos de captação de CO2 a técnica mais conhecida serve-se da utilização de um solvente líquido que retira o CO2 do fumo produzida pela queima, um líquido que é aquecido para recuperar o CO2 quase limpo. O grande problema reside problema no aquecimento que reduz o rendimento em quase 10% e o custo total (com a armazenagem) torna-se extremamente elevado.
Outras soluções passam por queimar o O2 puro, queimar em ciclos combinados, refinar o gás ou armazenar com segurança em jazidas de petróleo ou de gás natural vazias.
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